O Ministério Público Federal (MPF) denunciou três pessoas por negligência no acidente da TAM de 2007, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A notícia foi comemorada pela associação das famílias das 199 vítimas.
"Eu acho que foi uma vitória não só para nós, que somos parentes de vítimas, mas para todos os cidadãos brasileiros", afirmou o presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054 (Afavitam), Dario Scott.
Foram denunciados a ex-diretora da Anac, Agencia Nacional de Aviacao Civil, Denise Abreu, os executivos da TAM Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro e Alberto Fajerman, por atentar contra a segurança de transporte aéreo.
Se condenados, podem pegar de 4 a 12 anos de prisão. Segundo o presidente da associação, a punição dos responsáveis representa a luta pela segurança aérea no Brasil. “O que nós queremos é, realmente, um sistema mais seguro".
"E para que ele seja seguro a gente tem que responsabilizar pessoas que agiram de uma forma negligente".
O procurador Rodrigo de Grandis afirmou que a companhia aérea não cumpriu suas obrigações de zelo pela segurança nos vôos, de modo a contribuir para a tragédia. Ele ressaltou que a principal causa do acidente foi um erro operacional dos pilotos.
Alegou o MPF que a Anac fez a liberação da pista mesmo sem ter dispositivos que facilitam a frenagem. O procurador ainda explicitou que "no âmbito penal, a responsabilidade é pessoal, da pessoa física".
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