segunda-feira, 16 de maio de 2011

Deputado propõe Programa de Enfrentamento da Obesidade Mórbida



Preocupado com os dados referentes ao crescimento da obesidade no Brasil e com suas consequências para a saúde, o deputado estadual José de Arimatéia (PRB), apresentou projeto de lei que visa a implantação do Programa de Enfrentamento da Obesidade Mórbida na rede estadual de saúde do estado da Bahia. Com essa iniciativa – que inclui campanhas de esclarecimentos e prevenção em escolas, hospitais e postos de saúde –, o deputado espera contribuir para a descentralização da saúde, uma vez que inclui à rede básica no combate da doença – a segunda que mais mata no mundo, considerando-se suas doenças concomitantes, como as circulatórias e diabetes.
O projeto prevê que o portador de obesidade mórbida terá garantido pelo Poder Executivo o diagnóstico e a avaliação clínica; o acesso à cirurgia bariátrica; o acompanhamento pós-operatório; o fornecimento gratuito de medicamentos destinados, exclusivamente, ao portador de obesidade mórbida submetido à cirurgia bariátrica; e a cirurgia plástica reparadora após dezoito meses da realização da cirurgia bariátrica. “A obesidade precisa ser vista como um problema de saúde pública e deve ser encarada por um grupo multidisciplinar formado por médicos, psicólogos, nutricionistas, dentistas, fisioterapeutas e assistentes sociais”, declarou José de Arimatéia. Para ele, a obesidade “trata-se de uma questão que envolve cuidados com a saúde, e, também, com a autoestima”.
Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE divulgado no segundo semestre do ano passado, quase metade da população brasileira (49%) com 20 anos ou mais está com excesso de peso, sendo que a obesidade é maior entre as mulheres de 20 anos ou mais (16,9% delas) do que entre os homens (12,5%). Entre as crianças de 5 a 9 anos, 14,3% são obesas e 4,9% dos adolescentes de 10 a 19 anos apresentam obesidade. Para o instituto, os números dão contornos de epidemia ao fenômeno e, caso o ritmo atual de crescimento do número de pessoas acima do peso se mantenha, em dez anos elas representarão 30% da população – padrão similar ao encontrado no país onde a obesidade já é vista como problema sério de saúde pública: Estados Unidos.

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