No último dia 2 de fevereiro, o jornal O Globo publicou uma matéria em seu portal, sugerindo que a Igreja Universal do Reino de Deus estaria envolvida em casos de fraude nos pedidos de visto para religiosos, segundo correspondência enviada pela embaixada americana no Brasil aos Estados Unidos. Mas, no relatório, a embaixada destaca dois parágrafos, dirigidos unicamente aos vistos para missionários da IURD, ressaltando a organização e pontualidade da instituição, que se mantém em dia com a documentação exigida.
Na reportagem, o jornal fez uma edição tendenciosa, reproduzindo apenas alguns trechos do telegrama enviado pelo ex-embaixador americano no Brasil, Clifford Sobbel, levando o leitor a interpretar que haveria irregularidades na permanência de missionários da IURD nos Estados Unidos.
No relatório da embaixada americana, o trecho que destaca a operação de emissão de passaportes do tipo R1, concedidos a missionários da IURD, esclarece que, mesmo com grande número de vistos expedidos para membros da Igreja, entre os anos de 2003 e 2005, nenhuma irregularidade foi encontrada. “Apesar de, no momento da entrevista para o visto, todos os missionários da Igreja Universal haverem indicado que planejavam ficar nos Estados Unidos por apenas um ano, nenhum deles havia deixado o país e continuavam exercendo suas funções na igreja em 2006 ...Todos com os quais conversamos, tinham um entendimento correto das leis de imigração americanas sobre vistos a religiosos, assim como o período permitido de estadia, quando e como o pedido de extensão deveria ser feito e quando a igreja...deveria solicitar a residência permanente deles nos Estados Unidos”, diz o relatório, que aponta que os missionários da IURD, atualmente nos EUA, estão dentro do período de estadia concedido pela embaixada.
O estudo diz ainda: “Todo o exposto acima sugere que as operações da Igreja Universal são extremamente bem organizadas e a igreja oferece assistência a seus membros em todos os estágios do processo de solicitação do visto.”
Segundo Sobbel, foram concedidos 100 vistos do tipo R1 entre 2003 e 2005, e o estudo realizado pela embaixada concluiu que 15% deles são fraudados, sendo que 80% das fraudes foram feitas por pessoas de Goiás. O relatório menciona, ainda, as igrejas envolvidas nestas fraudes, entre as quais não consta o nome da Igreja Universal do Reino de Deus. As fraudes, em geral, referem-se a missionários que permanecem nos Estados Unidos ilegalmente, mesmo após expiração do visto e que, em alguns casos, já não pertencem mais à instituição religiosa que os enviou àquele país.
Veja, na íntegra, o relatório da embaixada americana, publicado no WikiLeaks
Inahiá Castro - Arca Universal
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