Ele negou, desconversou mas terminou admitindo. Ontem, pressionado por parlamentares na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a Petrobras terá que aumentar o preço da gasolina “em algum momento”. E explicou o que todo mundo já sabia, ou, pelo menos, desconfiava: a Petrobras tem segurado o preço do combustível nas refinarias, mas a influência da alta do etanol tem elevado o preço da gasolina nos postos. O ministro voltou a dizer que os preços do álcool devem cair a partir deste mês de maio, com a intensificação da colheita da cana-de-açúcar.
O ministro destacou os reajustes aplicados sobre o álcool combustível em abril, o que ocorreu, segundo ele ressaltou, por causa da entressafra da cana-de-açúcar. Além disso, ele observou que o consumo de etanol (o álcool combustível) aumentou, assim como o preço do açúcar. Com o açúcar mais caro, muitos produtores preferiram investir nele, e não no álcool. Segundo Mantega acredita, este mês os preços começam a voltar ao normal, um processo que deverá continuar até julho. “O governo está trabalhando para regulamentar o setor”, acrescentou, numa referência à Medida Provisória assinada no dia 29 pela presidente Dilma, que passou a considerar o etanol um combustível estratégico – e não um produto agrícola como era antes - a ser regulado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
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