terça-feira, 8 de março de 2011

ENQUANTO A CIDADE ADORMECE…

A pouco menos de um ano e meio das eleições municipais, PCdoB e PT digladiam-se na avenida para ver quem terá a primazia dos votos progressistas em Itabuna.
De um lado, o PT reúne os nomes de Juçara Feitosa e Geraldo Simões – além do vereador Claudevane Leite correndo por fora. O PCdoB desfila do outro lado da avenida cheio de gás e com os nomes de Davidson Magalhães, Wenceslau Júnior e Luís Sena. Se há risco de colisão, este é calculado e suportável para os comunas.
Até aqui, o PT é quem melhor aparece nas pesquisas, embora 2008 tenha mostrado que esse não é dos melhores indicativos nem certeza de vitória.
Neste momento, o PCdoB tenta se cacifar como a legenda que tem alguns dos melhores nomes para a disputa de 2012. Não é para qualquer partido oferecer à disputa um Davidson, Wenceslau ou Sena, este último mais do que testado no Legislativo.
No campo comunista, Davidson Magalhães foi o único lançado à disputa pelo executivo encabeçando uma chapa. Ficou em terceiro lugar. Era 1996 e o economista e hoje presidente da Bahiagás sucumbiu ao aceitar o rótulo de “laranja” de Fernando Gomes naquela peleja. Deu a volta por cima uma década depois.
Aquela era uma disputa em que a esquerda (?) apresentava também Renato Costa, apoiado por Geraldo Simões. A direita ia à luta “unida” com Fernando. E venceu. O tempo passou. A esquerda chegaria, enfim, ao poder. Mas em 2000, quando unida para enfrentar Fernando. Venceu, mas apertado, apertado: pouco mais de 1,8 mil votos de frente e tendo Geraldo na cabeça da chapa.
Corte na história, retorno ao cenário de hoje: nome mais provável na disputa em 2012 – caso o PCdoB mantenha-se como cabeça de chapa -, Wenceslau Júnior terá o desafio de desgrudar a sua imagem do governo de Capitão Azevedo. Explicável, pois. Wenceslau teve mandato combativo na última gestão de Fernando Gomes. Mudou quase que radicalmente, embora sua arma noutros tempos tenha sido sempre o diálogo. Agora, flutuou entre passivo e conivente com a gestão que aí está.
(Compreensível: os tempos são outros e ir para o embate, mostrando os erros da gestão de Azevedo, resultaria em ganhos diretos não para o próprio Wenceslau. Os herdeiros desta estratégia poderiam ser outros que não o comuna: os petistas Juçara Feitosa e Geraldo Simões.)

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