O deputado estadual Augusto Castro apequenou a discussão dos limites territoriais de Ilhéus e Itabuna. Mostrou despreparo político para conduzir o debate, acirrou desnecessariamente os ânimos entre as duas cidades e passou a imagem de que é um deputado que representa muito mais a imaginária Sucupira do que efetivamente a real região do sul da Bahia.
Convenhamos.
Site lembra que parlamentar estadual foi o sétimo mais votado em Ilhéus
O deputado que reconhece a construção dos dois empreendimentos em disputa – o Makro e o Atacadão – como estando em território de Ilhéus, é o mesmo que defende que o governo da Bahia rasge os documentos históricos que comprovam os limites entre as duas cidades, pelo fato de que, ao estarem mais pertos de Itabuna, os empreendimentos são mais frequentados pelos itabunenses. E se estes são os que mais deixam dinheiro por lá, na opinião do deputado tupiniquim, os impostos devem ser direcionados para a cidade de lá.
Amador demais este parlamentar.
Perdeu a chance de ficar calado.
E mais ainda: perdeu a chance de respeitar a condição de sétimo candidato mais votado em Ilhéus, uma das principais cidades do sul da Bahia, na eleição do ano passado.
Quer dizer então que o limite que ele quer impor para os dois empreendimentos é diferente do limite que ele não respeitou para vir buscar os votos do povo de Ilhéus?
O deputado Augusto Castro pisou na bola. Se a intenção era se promover com parte do eleitorado que conquistou nas urnas, mostrou despreparo para debater temas que exigem dos nossos representantes conhecimento, equilíbrio e sensatez.
Apareceria melhor na fita, se tivesse optado por colocar um certo nariz de plástico vermelho numa face banhada por um produto chamado popularmente de óleo de peroba.