sábado, 18 de junho de 2011

Câmara do Cacau quer mudar ABC

 


A Câmara Setorial do Cacau encaminhou, nesta semana, nota técnica da Ceplac ao Ministério da Agricultura solicitando mudanças nos prazos de carência e pagamento do Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC).

Atualmente, o Programa prevê três anos de carência e nove de pagamento para sistemas integrados lavoura-pecuária-floresta e sistemas agroflorestais. “Os prazos estabelecidos hoje não atendem a cacauicultura".

"Ela necessita de investimentos altos e tem retorno em médio prazo, sendo que o ideal é que tivéssemos seis anos de carência e 10 de pagamento, no mínimo”, afirma o presidente da Câmara e diretor do Instituto Cabruca, Durval Libânio.

Segundo o diretor-técnico da Ceplac Manfred Muller, o cacau demora, em média, três anos para iniciar a produção e seis anos para registrar produtividade satisfatória, o que justifica a necessidade da mudança dos prazos de carência e pagamento.

A nota técnica também afirma que o sistema cacau-cabruca (prática conservacionista de cultivo do cacau) e outros sistemas agroflorestais, como cacau com seringueira, evita emissões de carbono.

Ele consegue estocar em média 170 e 120 toneladas de carbono por hectare, enquanto a soja em plantio direto, por exemplo, estoca apenas 90 toneladas. A Bahia é o maior produtor de cacau do Brasil, respondendo por 70% da produção do País.

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