terça-feira, 14 de junho de 2011

Comissão de Saúde e Saneamento promove audiência pública sobre Hospital Martagão Gesteira

 

         Discutir a situação do Hospital Martagão Gesteira. Esse foi o objetivo da audiência pública realizada pela Comissão de Saúde e Saneamento na manhã desta segunda-feira, 13, na Assembleia Legislativa da Bahia. “Nós temos o compromisso de ajudar a saúde pública baiana, independentemente de questões partidárias”, esclareceu o Deputado Estadual José de Ariamatéia (PRB) ao justificar o evento que fez com que a comissão antecipasse sua reunião semanal devido à urgência do assunto.
         Ao contextualizar a atuação do hospital durante quase um século, o Diretor Dr. Carlos Emanuel Neto fez questão de ressaltar a importância que a unidade teve para o país, sendo referência nacional no atendimento pediátrico, bem como as fases de superação de que a equipe médica já teve. Durante sua apresentação, Dr. Carlos Emanuel apontou como o desequilíbrio econômico-financeiro do Martagão Gesteira começou na década de 1990, chegando a culminar com o fechamento do hospital por quase um ano em 1997 antes de iniciar o processo de reerguimento. A parceria público-privada e o desejo de oferecer serviço de qualidade às crianças baianas teriam sido os principais fatores para reverter o quadro daquela época – e é com isso que o diretor conta mais uma vez. “Essa instituição tem história longa, começou em 1923, e nasceu de mãos dadas com os setores público e privado”, disse ao concluir sua fala.
         Os Secretários de Saúde Municipal e Estadual declararam reconhecer o quão importante é o funcionamento do Martagão Gesteira para a saúde pública na Bahia, não apenas para Salvador. Para o Secretário Estadual Jorge Solla, “o problema é que nós precisamos de mais investimento financeiro para atender a demanda da capital e para qualificar e equipar outros polos regionais”, pois “o financiamento do SUS é irrisório para tudo que nossa constituição promete”. A proposta de Solla é que o Estado e o Município dividam os gastos com o Sistema Único de Saúde de Salvador e que o Martagão Gesteira, as Obras Sociais Irmã Dulce e o Hospital Santa Izabel passem a ser de reponsabilidade do Estado.

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