O Tribunal de Justiça da Bahia acatou o recurso do Ministério Público Estadual e anulou o julgamento do ex-presidiário Marcone Rodrigues Sarmento. Ele é acusado de envolvimento no assassinato do jornalista Manoel Leal de Oliveira.
Leal foi assassinado no dia 14 de janeiro de 1998, na frente da casa em que morava, no bairro Jardim Primavera, a poucos metros do 15º Batalhão da Polícia Militar e da Coordenadoria Regional da Polícia Civil.
Ele foi executado no período em que publicava no Jornal A Região uma série de denúncias, com farta documentação, contra o então prefeito de Itabuna, Fernando Gomes. O suspeito de encomendar a execução sequer foi investigado na época.
Porém, depois de muita luta e pressão de entidades mundiais, dois suspeitos de participar da execução foram a Júri popular. Em 2003, o então policial civil Monzar Castro Brasil foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado.
Mas, apesar das fartas provas apresentadas pelo Ministério Público Estadual, Marcone Sarmento acabou absolvido por um corpo de jurados formado por pessoas ligadas ao ex-prefeito Fernando Gomes e sua secretária Maria Alice Pereira..
Na época, o jornal A Região descobriu que seis dos sete jurados tinham ligações estreitas com o então prefeito e seus aliados. Um deles é sobrinho de Fernando, outro era guarda municipal e presidente de associação de moradores de bairro.
Como eles ignoraram e decidiram contra todas as provas apresentadas, o promotor de justiça Cássio Marcelo de Melo recorreu ao Tribunal de Justiça da Bahia. Os desembargadores concordaram que a decisão dos jurados não foi correta.
A data do novo julgamento de Marcone Sarmento ainda não foi definida.
Fonte A Região
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